Para desenvolver a escuta ativa para profissionais da saúde, a ficha de anamnese é ferramenta mais do que fundamental. Ainda que seja elaborada e preenchida no início do processo, ela serve como um guia para todo o andamento do tratamento e garantia de bem-estar e qualidade de vida do paciente.
É de conhecimento geral de que para ser um bom médico é necessário estudar com muito afinco, sempre se especializar e procurar os melhores locais para isso, seja ainda na graduação ou no doutorado.
As horas de prática de acordo com a especialidade escolhida também são levadas em consideração, afinal, são elas que vão aumentar a sua bagagem técnica para o preenchimento de uma boa ficha de anamnese, e o conhecimento prático para tratamento de cada tipo de doença.
Mas também existem algumas características que profissionais da saúde precisam desenvolver para serem considerados bons no que fazem, seja pelos colegas, opinião pública ou pelos pacientes.
Algumas delas são: agilidade, cuidado, atenção, pontualidade, disponibilidade, competência, dedicação e clareza.
No meio dessa lista, existe uma que pode ser esquecida em alguns momentos: a escuta ativa.
Essa prática tem um grande valor para quem cuida da saúde de outras pessoas, se tornando um requisito fundamental, sobretudo quando é necessário realizar procedimentos, anestesias e cirurgias. Uma ficha de anamnese executada corretamente também está diretamente ligada a ela.
Nesse texto você vai compreender o que é escuta ativa; como iniciar esse hábito; quais benefícios para pacientes e para a clínica; qual a real importância da ficha de anamnese; como ela está completamente relacionada com a prática de escuta ativa para profissionais da saúde
O que é a escuta ativa, peça chave para a assertividade da ficha de anamnese?
Escuta ativa é um jeito de tornar as conversas mais ricas e eficientes. Conversas mais ricas e eficientes, quando anotadas, estabelecem uma melhor relação com o raciocínio. E um bom raciocínio sobre as queixas do paciente é importante para analisar a ficha de anamnese, a fim de identificar o problema final.
Quantas vezes você se pegou pensando no que responderia para uma pessoa, sendo que ela não tinha nem acabado de falar? O cérebro para de se concentrar nas informações que estão sendo transmitidas e passa a focar no que deve ser devolvido. A anotação torna possível recobrar essa resposta, mesmo que você não a verbalize no momento. Essa é parte do papel da ficha de anamnese na escuta ativa.
O profissional da saúde se dedica e se compromete a absorver todas as informações que estão sendo transmitidas a ele. Silêncio e tempo para ouvir são peças fundamentais dessa prática. É esse processo de internalização e entendimento das informações que permite que o preenchimento da ficha de anamnese seja assertivo.
Escutar é receber uma informação, sem tentar adivinhar, interromper ou concluir o pensamento alheio. É deixar fluir e respeitar o que o emissor tem para entregar durante o processo de comunicação.
É por meio dessa técnica que há mais propensão à interpretação e análise dos fatos, deixando para trás julgamentos e equívocos perante o caso apresentado. E o que é a ficha de anamnese, senão a conclusão análise dos fatos que o paciente apresenta?
A escuta ativa para profissionais da saúde faz parte do que a medicina classifica hoje como atendimento humanizado. A relação se torna mais acolhedora e próxima.
Benefícios da escuta ativa para profissionais da saúde dedicados à eficiência da ficha de anamnese
São inúmeras as vantagens de começar a praticar a escuta ativa durante a rotina na saúde, e, posteriormente, deixar que as informações assentem em uma ficha de anamnese de qualidade. Logo de cara pensamos nos pacientes, certo?
Normalmente as pessoas buscam por especialistas quando um problema já está instaurado no campo físico ou mental. É o que chamamos de medicina curativa.
Então, subentende-se que a paciente anda tendo desconfortos e sintomas que estão atrapalhando o cotidiano de alguma forma. Logo, temos um incômodo que será transcrito para a ficha de anamnese. E geralmente nessas situações, há pressa para começar tratamentos e resolver ou, ao menos, amenizar o que a pessoa está sentindo.
Os profissionais da saúde que realizam a escuta ativa vão conseguir identificar com mais rapidez e precisão de quais quadros de saúde aquele relato pode se tratar, anotando, com precisão, cada sintoma na ficha de anamnese.
Ou seja, quanto mais você escuta as reclamações, os hábitos, as queixas, a descrição do ambiente que a pessoa vive e todo o histórico médico, mais chances há de fazer uma boa relação com todos os dados e descobrir qual tipo de exame fazer ou qual remédio receitar.
Existe um uso maior do tempo nas consultas para ter escuta ativa. O encontro entre médico e paciente não é o mais rápido que já vimos até então. Mas esse tempo gasto em maior quantidade no momento da consulta é economizado quando for necessário revisitar a ficha de anamnese resultante desse encontro, na execução de exames e nas tentativas falhas de lidar com os sintomas.
A raiz e a causa do problema são descobertas com destreza e agilidade. Mas se engana quem pensa que somente eles são os beneficiados e que essa técnica é destinada somente a eles.
A outra ponta do processo de atendimento, isto é, clínicas, consultórios, laboratórios e centros hospitalares também colhem benefícios significativos ao aplicar a escuta ativa e a realização de uma ficha de anamnese atenciosa durante o expediente.
Sabe quando uma pessoa fala que não ficou nem cinco minutos no consultório e que o médico nem olhou na cara dela direito? Esse paciente não teria tido essa impressão se o profissional fosse completamente adepto a prática da escuta ativa para profissionais da saúde.
Do ponto de vista mercadológico, a escuta ativa para profissionais da saúde e presença do paciente em consultório no ato de preenchimento de uma ficha de anamnese dedicada, pode ter contribuição significativa na imagem que o paciente terá da clínica e como ele vai se sentir durante os atendimentos. Em outras palavras, a escuta ativa é um fator essencial para a boa experiência do paciente.
E não se trata apenas de posicionamento do consultório no ramo e nas redes sociais. A escuta ativa para profissionais da saúde pode fortalecer as questões financeiras da empresa.
Quando o especialista é muito atencioso, escuta com paciência o que o paciente tem a dizer e anota todas as informações corretamente na ficha de anamnese, as chances de identificar um problema são mais certeiras e rápidas.
Se antes seria necessário uma dúzia de exames até chegar no diagnóstico mais apropriado e coerente a partir dos sintomas relatados, com a escuta ativa e o aprimoramento da ficha de anamnese, esse número pode ser reduzido, trazendo economia para as finanças do consultório. Afinal, quanto mais pistas houver, mais fácil de descobrir o que é.
Qual relação direta entre a escuta ativa e a ficha de anamnese?
A escuta ativa para profissionais da saúde acaba se tornando uma característica que é utilizada em todas as etapas de assistência. Mas, como você já deve ter notado nos argumentos desse texto, existe uma etapa em que a necessidade fica mais evidente.
O momento que a escuta ativa para profissionais da saúde mais será demandada é durante a execução da ficha de anamnese.
De maneira geral, a anamnese é um processo muito básico da medicina que é aprendido logo nos primeiros anos de faculdade, ainda na época dos calouros. Também é uma das primeiras coisas que o médico ou terapeuta precisa construir na consulta, em conjunto com o paciente.
Nela são colhidas informações básicas, como nome, local de residência e idade, como dados que vão desde hábitos e rotinas, até detalhamento de sintomas e históricos médicos.
Pode parecer, em um primeiro momento, algo muito corriqueiro e simples de ser feito. No entanto, a má execução desse passo, a falta de atenção, e uma série considerável de erros ao redigir a ficha de anamnese, pode trazer danos a todas as demais etapas do atendimento, prejudicando toda a prestação de serviço e, mais importante, a saúde e a segurança do paciente.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução nº 2056 em 2013 para divulgar uma espécie de roteiro que deve ser adotado por todos os profissionais brasileiros na hora de preencher a ficha de anamnese.
O tema é tão preocupante que até mesmo foi incluído em resoluções do CFM, até mesmo naquelas que tratam de outros subtemas, como a Resolução 1974 de 2011 que abrange publicidade na área médica.
O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, criou um Manual de Preenchimento de Ficha de Anamnese em casos ocupacionais, mas que pode ser utilizado como base para demais casos.
Justamente por isso, a Amplimed desenvolveu um artigo no blog para te ajudar a fazer uma boa anamnese e aumentar as capacidades de análise do quadro de saúde da população. Para ter acesso a todas as dicas de como fazer uma excelente ficha de anamnese.
O que todos esses documentos têm em comum é a exigência de uma boa ficha de anamnese. E para que isso ocorra, a escuta ativa precisa ser implementada e habituada por todos os especialistas.
Como seria possível colher todos os dados dos pacientes, sem escutar com atenção, paciência e curiosidade o que cada pessoa tem a dizer na hora da consulta?
Ainda que tudo esteja muito corrido e para ontem, é preciso gastar uma certa quantidade de minutos para que essa compreensão seja feita e refletida na ficha de anamnese.
Mas a gente sabe que adicionar mais tempo ao atendimento é tarefa quase que impossível. A rotina já é muito corrida e seria difícil estender o tempo de consulta que a escuta ativa demanda em grande quantidade.
Para isso, você precisa encontrar formas de economizar tempo e otimizar a força produtiva em outro momento da etapa de atendimento para que o especialista faça as perguntas e toda a avaliação com mais tranquilidade e sem pensar em problemas que não competem ao momento. Nesse ponto, a tecnologia em gestão de saúde se mostra eficaz até mesmo nos relatos a serem escritos na ficha de anamnese.
Uma boa alternativa é utilizar o prontuário eletrônico. Afinal, digitar é muito mais rápido do que escrever, ainda mais se o software de saúde disponibiliza lacunas pré-formatadas que precisam apenas ser preenchidas, sem ter que criar um prontuário do zero todas as vezes.
Na Amplimed, por exemplo, os clientes notaram uma redução de até 40% do tempo gasto para preencher as informações do paciente de acordo com a ficha de anamnese.
Outra forma de conseguir otimizar tempo para ter escuta ativa pelos profissionais de saúde do seu consultório é fornecer a modalidade de telemedicina. As chamadas de vídeo já eram utilizadas pelos mais variados profissionais do mercado desde o início do século, ainda quando o Skype era a principal plataforma de comunicação para isso.
Mas esse formato ficou ainda mais intenso depois que a OMS informou que o mundo enfrentava uma pandemia pela Covid-19.
Com a necessidade de isolamento social, a medicina precisou arrumar uma forma de continuar garantindo a saúde da população, ainda que fosse por uma enfermidade que não estivesse interligada com o coronavírus.
Foi alguns meses depois, em abril de 2020, que o governo brasileiro formalizou todas as normas para o exercício da telemedicina no país. Todas as diretrizes estão presentes na Lei 13.989 que você pode consultar aqui.
A telemedicina auxiliou e muito em casos de isolamento social, mas também se desenvolveu em outras áreas e foi muito útil para aumentar o raio de atendimentos e para economizar alguns processos do atendimento presencial, como a organização e higienização do consultório clínico.
Com essa otimização de tempo, os médicos puderam se dedicar mais durante as consultas, fazer uma ficha de anamnese muito bem estruturada e detalhada, garantindo a escuta ativa para os profissionais da saúde.
Nesses dois exemplos é possível perceber que transformando do manual para o digital, você ganha mais tempo de qualidade com os seus pacientes. Quer saber mais informações sobre como fazer isso na sua clínica?
Basta colocar os seus dados abaixo para ter acesso ao e-book de telemedicina que a Amplimed preparou para você!