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Conheça as principais classificações do CID 11

Principais classificações do cid 11

É preciso que você conheça as classificações da CID 11 como forma de se manter sempre atualizado como profissional da área da saúde e estar atento às novas demandas sociais e também da sua linha de atuação. 

Esse conhecimento é necessário porque estamos falando de manter uma comunicação alinhada e uniformizada com os demais profissionais e sistemas de saúde dos demais continentes. 

Nesse texto você vai ter um panorama geral dos códigos, entendendo o que mudou, quais as novidades e quais doenças continuam catalogadas da mesma forma como ocorria décadas atrás. 

O que é CID 11? 

A Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID) é a reunião de todas as doenças e sintomas existentes e catalogadas até hoje. A organização é feita por meio de uma tabela em que cada problema é denominado por letras e números, de acordo com a natureza.  Isso faz com que o compartilhamento de informações entre médicos seja unificado e simplificado tanto nacional quanto internacionalmente. 

A CID 10 estava em vigor desde 1992, com atualizações nos anos seguintes. Mas agora é a CID 11 que passa a valer como oficial, uma vez que a Organização Mundial da Saúde fez alterações que entraram em vigor em janeiro de 2022.  

O que mudou nas classificações da CID 11?

ajustes cid 11

Todas as doenças são fruto de situações que a sociedade passou em determinada época ou ainda que carregam até hoje. O convívio entre pessoas, as novas descobertas científicas, problemas sanitários, habitacionais e econômicos são fatores que podem alterar o quadro de saúde da população.

Quando a CID 10 foi divulgada no início dos anos 1990, muita coisa não era como é hoje. Algumas doenças perderam força, outras ganharam mais notoriedade perante a intensidade dos sintomas ou então a quantidade de pessoas que foram atingidas por elas. Também não existiam facilidades e tudo ainda era muito manual naquela época, o que poderia comprometer a funcionalidade e qualidade do trabalho em alguns momentos.

Tanto a clareza quanto a riqueza de informações são pontos que mostram a considerável evolução da CID 10 para a CID 11. Com dados atualizados de mais de 90 países sobre as doenças da antiga e nova era, em um ambiente virtual intuitivo, de fácil manuseio e plurilíngue, as chances de potenciais erros na plataforma diminuem substancialmente. 

Outra novidade é que agora os usuários da CID podem fazer sugestões, o que permite que não apenas o olhar dos colaboradores envolvidos no processo de revisão esteja afiado para a entrada e correção de novas informações, mas também o olhar do público que a consulta e utiliza.

Portanto, algumas classificações da CID 11 foram ajustadas para acompanhar essas mudanças e refletir a realidade que temos hoje. Hoje, as classificações da CID 11 dizem respeito não somente ao surgimento de novas doenças e sintomas, mas também sobre os avanços da medicina e os impactos da tecnologia, como por exemplo o uso da realidade virtual e a inserção da telemedicina.   

A OMS relatou que essas alterações foram criadas para facilitar o acesso aos aparelhos de saúde à medida que o diagnóstico mais exato evita erros e simplifica a codificação. São elas:

Autismo 

Todos os transtornos que fazem parte do espectro do autismo estão inclusos na CID 11, ou seja, Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett, autismo infantil, transtorno desintegrativo da infância e o transtorno com hipercinesia. Agora as subdivisões estão relacionadas aos prejuízos da linguagem funcional ou então da deficiência intelectual. 

Transexualidade 

A transexualidade deixou de ser considerada doença mental e foi realocada para a categoria de saúde sexual como incongruência de gênero e não mais como distúrbio de identidade de gênero.

Gaming disorder 

Em 1992, o videogame não estava tão estabelecido quanto está hoje. Por isso não conseguiríamos prever os ônus da prática e nem enquadrar em alguma questão clínica. Com a nova classificação da CID 11, o distúrbio em jogos eletrônicos é considerado como uma patologia por padrão de comportamento persistente ou recorrente. 

Isso porque entenderam que a doença pode comprometer as rotinas e as funcionalidades básicas pessoais e sociais de jovens que utilizam com muita frequência computadores, celulares e tablets para adentrar no mundo dos jogos online. 

Síndrome de burnout 

Esse transtorno foi encaixado como uma doença relacionada ao campo do trabalho e entrou como parte das novas classificações da CID 11 devido às mudanças comportamentais dos novos dias. 

As principais sensações são: redução da eficiência profissional, falta de energia, pensamentos negativos relacionados ao campo do trabalho e dificuldade de desligar das tarefas ocupacionais que desempenha. 

Mas ao contrário do que se pode pensar, o burnout não está agrupado dentro do capítulo de transtornos mentais ou de neurodesenvolvimento. A OMS entendeu que essa síndrome é o resultado de um estresse crônico no trabalho e que não foi tratado da melhor maneira possível. 

Resistência antimicrobiana 

O uso indevido de antibióticos entrou nas classificações da CID 11 porque o cenário desses casos tem se demonstrado pior do que médicos e cientistas tinham avaliado anos atrás. 

Alguns tratamentos não são mais considerados como eficientes devido a nova e mais forte resistência de microorganismos. Daí se criou a necessidade de trazer essa questão à listagem novamente para analisar esse problema pelo mundo.

Quais classificações não sofreram ajustes?

Existe mudanças na classificação da CID 11, mas não integralmente. A CID é dividida em 22 capítulos, responsável por reunir doenças que possuem características parecidas. Todas as categorias são feitas por uma letra e dois dígitos. Nas subcategorias é acrescido ainda um número até 9. Saiba quais são os capítulos e o conteúdo de cada um deles: 

Capítulo I  – Doenças Infecciosas e parasitárias 

Essa divisão é dedicada a doenças que são originadas pela presença de um parasita no corpo humano, desde bactérias, fungos, vírus e protozoários. Estamos falando de cólera, amebíase, viroses e micoses. 

Capítulo II – Neoplasias 

Neste capítulo estão todos os tipos de tumores. Os códigos aqui são separados pelos resultados da doença ou então pelo local que ela se instalou no corpo. Por exemplo, os CIDs que estão entre C15 e C26 são tumores malignos no aparelho digestivo. 

Capítulo III – Doenças do Sangue 

Inclui anemias e problemas de coagulação. Isso porque estamos falando de problemas no sangue e de imunidade. 

Capítulo IV – Doenças Endócrinas 

Tudo que diz respeito a questões nutricionais, endócrinas e metabólicas estão classificadas neste departamento. Incluindo: transtornos na glândula tireoide ou pituitária e também diabetes mellitus, obesidade e outras formas de hiperalimentação. 

Capítulo V – Transtornos mentais e comportamentais 

Todas as CIDs que começam com a letra F são transtornos comportamentais. Mas existe ainda uma subdivisão que pode auxiliar ainda mais na compreensão desse capítulo: 

  • Orgânicos (F00 a F09)
  • A partir de uso de substâncias (10 a 19)
  • Espectro da Esquizofrenia (20 a 29)
  • Transtornos de humor (30 a 39)
  • Transtornos neuróticos e relacionados ao estresse (40 a 48)
  • Interligados a disfunções fisiológicas (50 a 59)
  • Transtorno de personalidade (60 a 69)
  • Deficiência intelectual (70 a 79)
  • Transtornos do desenvolvimento (80 a 89)
  • Transtornos da infância e adolescência (90 a 98) 
  • Demais não especificados (F99) 

Capítulo VI – Sistema Nervoso

Listagem de todas as doenças que prejudicam o sistema nervoso central e periférico. Nessa lista, há doenças inflamatórias, paralisia cerebral e doenças degenerativas. 

Esse capítulo é muito semelhante ao capítulo VI, mas a grande diferença é que nesse que estamos falando agora os sintomas são fisiológicos, enquanto no anterior as consequências são comportamentais. 

Capítulo VII – Doenças dos olhos 

Nesta parte há a classificação de doenças como transtornos da esclera e da córnea, glaucoma e transtornos da pálpebra. 

Capítulo VIII – Doenças dos ouvidos 

Neste capítulo estão as doenças dos ouvidos e da apófise mastóide. Elas são separadas de acordo com as causas. Tudo que diz respeito ao ouvido externo está entre H60 e H62; do ouvido médio e da mastoide vai do 65 ao 75 e do ouvido interno está entre 80 e 83. 

Capítulo IX – Sistema Circulatório 

Essa é uma das divisões mais detalhadas, agrupando: 

  • Febre reumática aguda; 
  • Doenças cardíacas reumáticas crônica; 
  • Hipertensivas; 
  • Isquemia do coração; 
  • Doenças cardíacas da circulação pulmonar e demais problemas cardíacos; 
  • Cerebrovasculares 
  • Problemas nas artérias, capilares e arteríolas
  • Veias, vasos linfáticos e gânglios.  

Capítulo X – Sistema Respiratório 

Esse espaço é dedicado a comprometimentos agudos, como sinusite, rinite, bronquite, amigdalite, entre outros. 

Capítulo XI – Sistema Digestivo 

O capítulo vai desde doenças da cavidade oral até doenças no intestino e hepáticas. Setor interessante para diversas áreas, até mesmo para odontologia. 

Capítulo XII – Doenças de Pele 

Setor dedicado aos dermatologistas que engloba todos os níveis de doença de pele: 

  • Afecções bolhosas;
  • Dermatite e eczema; 
  • Urticária e eritema; 
  • Transtornos da pele e do tecido subcutâneo relacionados com radiação; 
  • Afecções dos anexos da pele

Capítulo XIII – Sistema Osteomuscular e tecido conjuntivo 

Além da própria divisão do capítulo, ele ainda recebe uma subdivisão acolhendo:

  • Artropatias; 
  • Doenças sistêmicas do tecido conjuntivo; 
  • Dorsopatias; 
  • Transtornos dos tecidos moles; 
  • Transtorno da densidade e da estrutura óssea; 
  • Condropatias  

Capítulo XIV – Doenças do aparelho geniturinário 

Setor de interesse das áreas de Urologia, Nefrologia, Mastologia e Ginecologia: 

  • Doenças glomerulares;
  • Doenças renais túbulo-intersticiais; 
  • Insuficiência renal; 
  • Calculose renal; 
  • Doenças dos órgãos genitais masculinos; 
  • Doenças das mamas; 
  • Doenças inflamatórias dos órgãos pélvicos femininos;
  • Transtornos não-inflamatórios do trato genital feminino

Os diagnósticos principais são: síndrome nefrítica aguda, insuficiência renal aguda e crônica, doenças inflamatórias da próstata, infertilidade masculina e endometriose. 

Capítulo XV – Gravidez, Parto e Puerpério 

Local de maior interesse dos obstetras. Aqui estão agrupados termos como: 

  • Gravidez que termina em aborto; 
  • Edema, proteinúria e transtornos hipertensivos; 
  • Outros transtornos maternos da gravidez; 
  • Assistências prestadas à mãe por motivos relacionados ao feto e à cavidade amniótica;
  • Complicações do trabalho de parto; 
  • Parto;
  • Complicações do puerpério. 

Capítulo XVI – afecções originadas no período perinatal 

São encontrados nessa parte classificações como hemorragia, traumas, displasias, fraturas, infecções, isquemia e hipóxia que podem afetar o recém-nascido. 

  • Complicações na gravidez e no trabalho de parto; 
  • Transtornos em volta da duração da gestação; 
  • Traumatismo de parto; 
  • Transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos; 
  • Transtornos endócrinos e metabólicos do neonato; 
  • Infecções tegumentares. 

Capítulo XVII – malformações congênitas e anomalias cromossômicas 

Esse capítulo fala sobre as consequências indesejadas do processo de desenvolvimento fetal, como malformações congênitas do sistema nervoso, dos órgãos de face e pescoço, do aparelho circulatório, do sistema respiratório, digestivo, osteomuscular e dos órgãos geniturinários. Mais do que isso, elenca anomalias cromossômicas:

  • Síndrome de Down;
  • Síndrome de Edwards e Síndrome de Patau;  
  • Outros trissomias; 
  • Monossomias e deleções; 
  • Síndrome de Turner;
  • Outras anomalias dos cromossomos sexuais. 

Capítulo XVIII – Sintomas, Sinais e Exames 

Aqui estamos falando de enfermidades identificadas por sinais e sintomas que por si só não definem um diagnóstico. Dizem respeito ao: sistema respiratório, circulatório, digestivo, nervoso, osteomuscular, urinário, pele, fala, voz, cognição, percepção e comportamento. 

Capítulo XIX – Causas externas 

Essa é uma grande parte de toda a classificação e costuma chamar atenção de quem trabalha com Medicina Legal, Emergência, Toxicológica e Traumatologia. Os códigos são separados pela região do corpo que foi afetada, tipos de traumatismo e queimaduras e em demais causas. 

Capítulo XX – Causas externas de morbidade e de mortalidade 

A listagem inclui acidentes de transporte, traumatismos acidentais, lesões autoprovocadas, agressões, intervenções legais, operações de guerra, complicações em assistências médicas e cirurgias. 

Capítulo XXI – Motivos de atendimento

O principal objetivo desse capítulo é agrupar as principais motivações para que uma pessoa busque por auxílio médico, definindo procedimentos e condutas utilizados durante os atendimentos. Por exemplo: tipos de consultas, necessidades de imunização, riscos socioeconômicos, histórico familiar de presença de doenças e serviços relacionados à gravidez. 

Esses códigos existem para que o médico justifique a consulta sem que exista um diagnóstico formalizado, sendo necessário diferenciar o motivo do atendimento das conclusões feitas após a consulta. 

Capítulo XXII – Códigos Especiais 

A última divisão da CID 11 é para retratar propósitos especiais, tais como:

  • Síndrome respiratória aguda grave;
  • Zika Vírus;
  • Agente resistente à penicilina; 
  • Resistência à vancomicina;
  • Agente resistente a diversos tipos de antibiótico, especificados ou não.  

Qual é o prazo de validade da CID 11? 

Se contabilizarmos os dados gerais da história, desde que o estatístico Jacques Bertillon implementou pela primeira vez, em 1893, a Lista internacional de causas de morte, também conhecida como Classificação de Bertillon, passando por 1940, quando a OMS adotou e aprimorou o sistema, acoplando a ele lesões e doenças, a CID já está quase comemorando um século e meio de vida.

Uma das principais razões para que, mesmo com toda essa experiência ela continue conservada, é a sua adaptabilidade e predisposição à mudança. A classificação sempre foi revisada a cada dez anos ou cerca de – essa última atualização é a mais completa desde a CID 6, de 1948, e para isso passou um tempo maior no forno. 

Esse curto espaço de revisão se fazia necessário por permitir que os países sugerissem ou desenvolvessem novas adaptações ao seu código, alinhadas aos seus próprios sistemas e dados de saúde, mas sem alterar o código base. Se a adaptação proposta fosse eficiente, poderiam até mesmo negociar sua venda para outros países interessados e guiá-los em seu uso. 

O grande problema era o descontrole que essas muitas versões por vezes geravam, com pequenos erros de sistema ou divergências entre dados, o que exigia uma reprogramação periódica do código. 

O diferencial da CID 11, que pode significar uma longevidade maior em seu prazo de validade, é o fator tecnológico. O emprego de um sistema eletronicamente vivo, em constante atualização e de fácil acesso, pode ser a chave para que ela comemore, talvez, o dobro da idade de sua antecessora. 

Como utilizar a CID 11 no seu dia a dia? 

Como utilizar a cid 11?

Se engana quem pensa que é necessário decorar todos os capítulos e ainda todos os códigos que foram divulgados pela OMS. Imagina que trabalho seria, não?

O que vai acontecer ao longo do tempo é que algumas numerações serão decoradas pela repetição de casos similares que você vai atender. Depois de anos de clínica, ainda mais se você trabalhar com uma especialidade, vai reparar que existem doenças mais comuns dentro de determinada área. Aí sim você saberá de cor e salteado. 

Enquanto isso não acontece, você pode contar com a ajuda da tecnologia para ter acesso à CID 11 sempre que necessário. Afinal, essa tabela existe para otimizar e simplificar a vida dos profissionais da saúde. 

O sistema da Amplimed já conta com a catalogação de todas as doenças elencadas pela OMS nesta última atualização. Ao preencher um prontuário, além da comodidade de fazer de forma eletrônica e reunir em uma só tela todas as informações importantes do paciente, você também tem fácil acesso à CID 11 referente aos sintomas e diagnósticos que diz respeito àquele caso. Essa facilidade se estende para outras rotinas médicas, como por exemplo: preenchimento de receituário, comunicação com convênios e órgãos de regulamentação e fiscalização. 

Contar com um sistema de saúde tão completo quanto o da Amplimed pode tornar a sua gestão mais descomplicada e otimizada. E você pode começar essa nova era agora mesmo! Basta clicar no botão abaixo e começar o Teste Grátis!

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