A anamnese é aquele momento da consulta em que o profissional conversa e escuta o paciente para entender o que está acontecendo, e dentro dessa conversa, a HDA na anamnese é uma das partes mais importantes.
É nela que o profissional registra o motivo que trouxe o paciente até o consultório. Por isso, saber preencher bem esse campo é uma habilidade que auxilia na condução das hipóteses diagnósticas e no planejamento do atendimento.
Neste guia, você vai entender exatamente o que colocar na HDA, como registrar no prontuário eletrônico e ainda encontrar exemplos para usar no seu dia a dia.
Ao longo do texto, você poderá baixar um modelo de anamnese personalizada e conhecer um sistema de prontuário eletrônico pensado para facilitar esse processo!
- O que é HDA e qual seu papel na anamnese?
- O que colocar na HDA?
- Exemplos práticos de HDA bem preenchida
- Exemplo 1 – Dor abdominal
- Exemplo 2 – Tosse persistente
- Exemplo 3 – Cefaleia
- Como registrar a HDA no prontuário eletrônico?
- Como a HDA se relaciona com a evolução clínica do paciente?
- Dicas para não errar ao preencher a HDA
- O que as pessoas também perguntam sobre HDA na anamnese
O que é HDA e qual seu papel na anamnese?
HDA significa História da Doença Atual. É o campo dentro do prontuário onde o profissional descreve como começou a queixa principal do paciente e o que aconteceu desde então.
É diferente da HPP, que é a História Patológica Pregressa. Na HPP entram informações sobre doenças antigas, tratamentos anteriores, cirurgias, alergias, entre outros dados importantes do passado.
Já a HDA na anamnese foca no “agora”. Ou seja, o que está incomodando o paciente hoje, há quanto tempo isso começou, como foi evoluindo, se piorou ou melhorou, e assim por diante.
Preencher bem esse campo facilita o raciocínio clínico. Ao juntar os dados da HDA com o exame físico e outros achados na anamnese clínica, o profissional consegue levantar hipóteses e decidir os próximos passos do tratamento.
Se quiser um modelo de anamnese pronto, aproveite para baixar gratuitamente nossa planilha personalizada:
O que colocar na HDA?
A HDA precisa contar a história da queixa do paciente com começo, meio e fim. Para isso, vale seguir um roteiro simples:
- Início dos sintomas: quando começou? Foi de repente ou aos poucos?
- Duração: quanto tempo faz que os sintomas começaram?
- Evolução clínica: melhorou, piorou ou permaneceu igual?
- Fatores de melhora ou piora: algo específico alivia ou agrava os sintomas?
- Sintomas associados: há outros sinais ou queixas junto com a principal?
- Tratamentos anteriores: o paciente já usou alguma medicação ou fez algum procedimento?
Esses são os pontos básicos que ajudam a montar uma boa HDA. Claro que, dependendo do caso, outros detalhes podem ser acrescentados. Mas esse roteiro já dá uma base para que o registro não fique vago ou incompleto.
Podemos dizer que a HDA vira uma narrativa clínica que organiza tudo o que o paciente relatou, servindo como um mapa para guiar o profissional no atendimento e na conduta.
Exemplos práticos de HDA bem preenchida
Agora que você já sabe o que deve constar na HDA na anamnese, vamos ver como isso aparece na prática com esses exemplos de anamnese prontas:
Exemplo 1 – Dor abdominal
Queixa principal: “dor na barriga”.
HDA: Paciente relata dor em região abdominal inferior há cerca de 3 dias, de início súbito, em pontadas. Indica piora após alimentação e melhora leve com analgésico (dipirona). Nega febre, vômitos ou diarreia. Diz que a dor está igual desde o início e não notou irradiação.
Exemplo 2 – Tosse persistente
Queixa principal: “tosse que não passa”.
HDA: Paciente apresenta tosse seca há aproximadamente 2 semanas, iniciada após um quadro gripal. Relata piora à noite e quando se deita. Nega febre ou secreção. Já usou xarope fitoterápico sem melhora significativa. Nega tabagismo.
Exemplo 3 – Cefaleia
Queixa principal: “dor de cabeça constante”.
HDA: Dor em região frontal, contínua há 5 dias, de moderada intensidade. Piora com luz e barulho. Nega náuseas, vômitos ou alteração visual. Não usou medicação até o momento. Refere estar sob estresse no trabalho.
Esses exemplos seguem uma estrutura simples que ajudam a organizar as informações no prontuário.
Como registrar a HDA no prontuário eletrônico?
O segredo de preenchimento da HDA está na clareza e em ter uma estrutura padronizada. Ou seja, usar uma estrutura parecida na evolução de todos os pacientes, respeitando os tópicos que mencionamos antes e as particularidades das informações de cada um.
Essa padronização facilita tanto a escrita quanto a leitura por outros profissionais da equipe.
Além disso, os sistemas mais completos, como o da Amplimed, já oferecem campos pré-configurados e modelos de anamnese completa prontos para editar.
Existem sistemas para psicólogos, terapeutas, médicos, entre outros profissionais da saúde.
Seja qual for o profissional, usar um sistema pré-configurado facilita muito a gestão do tempo, reduz o risco de esquecer informações importantes e ainda melhora a qualidade do registro.
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Como a HDA se relaciona com a evolução clínica do paciente?
Registrar bem a HDA não serve só para aquela consulta do dia. Esse campo também é muito importante para acompanhar a evolução do paciente ao longo do tempo.
Imagine um paciente que volta após dois meses com os mesmos sintomas. Ter uma HDA bem escrita na última consulta ajuda a comparar, identificar padrões e entender se o quadro piorou, melhorou ou não mudou.
Além disso, esses registros servem como base para auditorias, comunicação entre profissionais e até questões legais. Por isso, é importante manter o histórico no prontuário organizado e bem escrito.
Dicas para não errar ao preencher a HDA
Agora vamos às dicas pra você não cometer erros comuns na hora de escrever:
- Evite termos vagos, como “está se sentindo mal”, “dor estranha”, “passou mal”. Especifique o que está acontecendo;
- Não use linguagem coloquial, escreva de forma clara, mas sem gírias ou expressões populares;
- Use sempre dados observáveis, registre o que o paciente relatou e o que você observou;
- Não enfeite o texto, foque no que é relevante para entender o quadro clínico;
- Revise sempre o conteúdo, um erro de digitação pode mudar totalmente o sentido da informação.
Preencher a HDA de fato requer atenção aos detalhes, mas com um bom roteiro e um sistema que colabora com seu fluxo de atendimento, o processo fica mais simples.
É aqui que as aplicações de inteligência artificial para médicos também entra em cena: atualmente, existem tecnologias como a Ampli IA, que faz esses registros por você, mantendo a qualidade, sem que você precise digitar nada. Veja mais detalhes:
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O que as pessoas também perguntam sobre HDA na anamnese
Veja abaixo as principais dúvidas sobre o HDA (Histórico da Doença Atual).
Informações sobre início, duração, evolução e sintomas associados da queixa atual do paciente.
História da Doença Atual é uma descrição detalhada da queixa principal e sua evolução até o momento da consulta.
É o relato da queixa principal do paciente, incluindo sintomas, duração e progressão da condição clínica.
HDA é a história da doença atual. HPP é a história patológica pregressa e condições crônicas do paciente.
Porque organiza as informações clínicas atuais e orienta hipóteses diagnósticas e condutas médicas.