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O que é e como aplicar fast track na área da saúde

Conheça todas as vantagens e desafios que o fast track tem a oferecer para a sua clínica agilizar os processos de atendimento médico.

O fast track é um conceito em inglês que se refere a uma estratégia de redução de tempo em procedimentos médicos que necessitam ser mais velozes.

O objetivo é acelerar a recuperação dos pacientes, diminuir os custos hospitalares e evitar complicações no atendimento primário.

Esta é uma alternativa eficiente para casos mais urgentes, permitindo com que os profissionais da saúde consigam direcionar seu foco onde há maior necessidade.

Neste guia, você entenderá melhor o que é um fast track na área da saúde e quais são seus desafios na criação de uma boa estratégia para utilizá-lo.

O conceito de fast track na área da saúde
Quando aplicar fast track na medicina
O que é necessário para implementar fast track na clínica
Os desafios de uma estratégia de fast track

Conceito de fast track na área da saúde

Este conceito surgiu como uma resposta à necessidade de acelerar os processos médicos diante de um cenário de alta demanda nos atendimentos médicos, escassez de recursos que auxiliam no tratamento e complexidade de casos.

Inicialmente, essa abordagem foi aplicada em departamentos de emergência em diversos hospitais, onde a rapidez no atendimento pode ser crucial para o desfecho do paciente.

Desde então, o fast track tem se expandido para diversas áreas da medicina, incluindo casos que necessitam de intervenção cirúrgica, consultas no ambulatório, exames e diagnósticos.

Para que o fast track funcione efetivamente, é essencial uma avaliação criteriosa e uma triagem eficaz dos pacientes, identificando a gravidade de cada caso e direcionando os recursos médicos de maneira estratégica.

Além disso, é fundamental contar com uma equipe bem treinada e processos bem definidos, capazes de garantir a agilidade e eficiência desejadas.

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Na prática, o fast track na medicina funciona como um setor, local ou pessoa que faz a primeira triagem dos pacientes, oferecendo alternativas para as pessoas que estão em condições menos graves e encaminhando casos mais extremos para o atendimento emergencial.

Por exemplo, em um pronto socorro, o fast track pode ser um espaço físico separado, onde os pacientes com problemas considerados mais simples, tais como dor de cabeça, febre ou ferimentos leves, são atendidos rapidamente por um médico ou enfermeiro, sem passar pela fila de espera.

Já os pacientes com condições mais críticas, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou traumas graves, são encaminhados para a sala de emergência, onde recebem o atendimento prioritário e especializado.

O fast track representa uma mudança de paradigmas na forma como o atendimento médico é prestado, colocando a eficiência e rapidez no centro das atenções, sem jamais negligenciar a qualidade e a segurança do paciente.

Essa abordagem não só beneficia os pacientes, que experimentam tempos de espera reduzidos e um atendimento mais ágil, mas também contribui para a otimização dos recursos e sustentabilidade da clínica médica.

Leia também: 4 estratégias especiais para otimizar o tempo de sua consulta médica

Quando aplicar o fast track na medicina

O fast track pode ser aplicado em diversas áreas da medicina, dependendo da necessidade e da disponibilidade de recursos.

No entanto, existem alguns casos em que o fast track é especialmente recomendado, pois pode fazer a diferença entre a manutenção ou a perda da vida do paciente.

Alguns exemplos aplicáveis são:

Sepse

A sepse é uma resposta do corpo a uma infecção que pode levar a complicações graves, como choque séptico e falência de órgãos. O tratamento rápido com antibióticos e suporte médico é fundamental na melhora das chances de sobrevivência.

Um fast track pode ser implementado para identificar e tratar rapidamente os pacientes que estejam com suspeitas da sepse.

Cirurgia de emergência

Pacientes que precisam de uma intervenção cirúrgica imediata, como por exemplo, por trauma, hemorragia, obstrução intestinal ou apendicite, podem se beneficiar de um fast track que agilize o processo de avaliação, preparação, anestesia, cirurgia e recuperação.

Atendimento pediátrico

Crianças e adolescentes podem apresentar condições médicas específicas que requerem um atendimento diferenciado e especializado. Um fast track pode proporcionar um atendimento mais humanizado, ágil e eficiente para esse público, evitando a exposição a riscos desnecessários e minimizando o sofrimento dos pacientes e de seus familiares.

Tratamento oncológico

As pessoas acometidas com câncer podem ter uma evolução rápida e imprevisível da doença, exigindo um tratamento urgente e efetivo. Um fast track pode facilitar o acesso a consultas, exames, biópsias, quimioterapia, radioterapia e cirurgia oncológica, reduzindo o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.

Transplante de órgãos

Os pacientes que necessitam de um transplante de órgão podem ter uma condição clínica estável e um tempo limitado para receber o órgão de um doador. O método de fast track acelera o processo de compatibilidade, transporte, preservação, implantação e acompanhamento do órgão transplantado.

Esses são apenas alguns exemplos de situações em que o fast track pode ser aplicado com sucesso, entretanto, existem diversas outras possibilidades que podem ser exploradas.

O mais importante é que essa ferramenta seja planejada e executada de forma adequada, respeitando as normas técnicas e éticas, visando sempre o melhor no interesse do paciente.

Leia também: Como melhorar o nível de adesão aos tratamentos de seus pacientes

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O que é necessário para implementar o fast track na clínica

Para implementar o fast track em uma clínica, é preciso seguir alguns passos essenciais, que envolvem desde o planejamento até a avaliação dos resultados. A seguir, apresentamos um roteiro simplificado com 5 passos sobre como realizar essa implantação:

1. Determinar os objetivos e capacidades: o primeiro passo é definir claramente quais são os caminhos a serem traçados para implementar o fast track.

É preciso considerar aspectos como o perfil dos pacientes, o volume de demanda, os recursos disponíveis, as especialidades médicas, os processos internos, as normas técnicas e éticas, e os indicadores de qualidade e desempenho. Essa etapa é fundamental para estabelecer as bases e os critérios para o fast track.

2. Examinar o cronograma e identificar pendências: o segundo passo é analisar o cronograma atual de atendimento da clínica e identificar as possíveis pendências, gargalos, atrasos e desperdícios que possam comprometer a eficiência e a qualidade do serviço.

Com isso, há possibilidade de diminuir os problemas existentes e aumentar as oportunidades de melhoria.

3. Encontrar oportunidades na linha do tempo do projeto: o terceiro passo é encontrar oportunidades de otimização na linha do tempo do projeto, ou seja, nas etapas que compõem o processo de atendimento ao paciente, desde a triagem até a conclusão do tratamento.

É essencial para planejar as ações e intervenções que possam acelerar e aprimorar o fluxo de atendimento, reduzindo o tempo de espera e aumentando a satisfação dos pacientes.

4. Identificar as alternativas para realizar ajustes necessários: o quarto passo é identificar as alternativas viáveis e adequadas para realizar os ajustes necessários no processo de atendimento, de acordo com as oportunidades encontradas na etapa anterior.

É um momento crucial para definir as estratégias e os recursos que serão empregados para implementar o fast track, tais como a separação de fluxos de atendimento, a padronização de protocolos, a capacitação da equipe, a utilização de tecnologias, entre outros.

5. Implementar as mudanças e acompanhar os resultados: o quinto e último passo é implementar as mudanças planejadas e monitorar os resultados obtidos com o fast track.

Essa etapa é imprescindível para verificar se os objetivos e as metas foram alcançados, se os processos foram otimizados, se a qualidade e a segurança foram mantidas, e se os pacientes e os profissionais de saúde estão satisfeitos com o novo modelo de atendimento.

Além disso, permite identificar possíveis falhas, desvios ou inconsistências e realizar as correções e melhorias necessárias.

Agora que você já compreendeu melhor quais caminhos tomar para realizar a implantação do fast track, é importante dar uma pausa e se atentar a quais desafios essa ação pode apresentar.

médico com a porta aberta chamando um paciente

Os desafios de uma estratégia de fast track

Nas rotinas diárias de uma clínica, sabemos que existem situações onde a agenda pode estar cheia e, com isso, o atendimento assim e outras funções podem ser prejudicados.

Na maioria dos casos, a necessidade de se usar o fast track surge a partir de um primeiro atrito entre a urgência de um serviço e o tempo de espera dele.

No entanto, para implementar o fast track, é preciso enfrentar alguns desafios que envolvem desde o planejamento até a execução e avaliação dos resultados.

A seguir, apresentamos alguns dos principais desafios de uma estratégia de fast track para clínicas médicas:

Ter uma equipe capacitada para o atendimento

Um dos principais desafios é contar com uma equipe de profissionais qualificados e preparados para prestar um atendimento rápido e eficaz aos pacientes.

É preciso que os profissionais tenham habilidades técnicas e comportamentais para lidar com situações de emergência, além de conhecimento sobre os protocolos e normas de segurança.

É fundamental que a equipe médica esteja alinhada com os objetivos e valores da clínica, trabalhando de forma integrada e colaborativa.

Oferecer uma infraestrutura para suportar o fast track

O modelo proposto envolve a reorganização do espaço físico da clínica, a disponibilização de equipamentos e materiais necessários, e a garantia de um ambiente limpo e seguro.

Além disso, é preciso que a clínica tenha uma rede de comunicação eficiente, que permita a troca de informações entre os profissionais e pacientes para que o acesso aos dados clínicos e administrativos seja facilitado.

Planejar e monitorar resultados

Esse é um dos pontos básicos para se fazer na implementação do modelo do fast track. Entretanto, pelo fato de ser básico, não significa que seja fácil.

O planejamento implica em definir os objetivos e as metas a serem alcançadas, os indicadores de qualidade e desempenho a serem medidos, e os mecanismos de controle e avaliação a serem utilizados.

Além disso, é preciso que a clínica tenha um sistema de gestão que permita o registro e análise dos dados, fornecendo feedbacks e relatórios sobre o andamento e os resultados do fast track.

Garantir a segurança do paciente

Quando tratamos de vidas humanas, o cuidado e a segurança sempre devem ser prioridades. Por isso, deve-se adotar medidas para prevenir e reduzir os riscos de erros, infecções, complicações e outros efeitos adversos que possam comprometer a saúde e a vida do paciente.

Também é preciso que a clínica respeite os direitos e as necessidades do paciente, fornecendo um atendimento humanizado e personalizado, levando em consideração suas expectativas e preferências.

Coordenação entre especialidades e setores

A comunicação é em grande parte responsável pela eficácia da prestação de serviços dentro de um time de profissionais, especialmente no ambiente clínico.

Isso implica em estabelecer uma comunicação clara e efetiva entre os profissionais envolvidos no atendimento ao paciente, e entre a clínica e outras instituições de saúde, como hospitais, laboratórios e farmácias.

Também é preciso que a clínica tenha um fluxo de atendimento bem definido e padronizado, que evite a duplicação ou perda de informações. Caso contrário, o tempo e outros recursos disponíveis serão desperdiçados.

Agilidade sem comprometer a qualidade dos serviços

Além da comunicação, equilibrar a gestão de velocidade com a questão da segurança e do conforto, evita com que a pressa aumente o risco de erros, diagnósticos imprecisos ou tratamentos inadequados.

A clínica deve seguir e manter um padrão de excelência em todos os aspectos do atendimento, desde a triagem até a conclusão do tratamento, buscando a satisfação e fidelização dos pacientes.

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