A tecnologia auxilia no desenvolvimento de inúmeras áreas da atuação humana. Com a medicina não é diferente. A inovação tecnológica vem há anos promovendo avanços na saúde por meio da invenção de sistemas e equipamentos. Isso não só na parte física, como por exemplo a nanotecnologia que proporciona processos menos invasivos, mas também no compartilhamento de informações para muitas pessoas ao mesmo tempo, independentemente da distância.
Para isso são utilizados aplicativos, princípios da automação e da inteligência artificial que resultam em rotinas mais práticas, eficientes e dinâmicas tanto na vida do médico quanto do paciente.
Muitos desses processos foram intensificados com a pandemia da Covid-19 que reforçou a necessidade de ter fácil acesso a informações e um sistema que se adeque tão rápido quanto as mudanças que esse novo cenário trouxe. Neste texto você vai entender o que é saúde digital, qual a importância para os dias de hoje e qual impacto você terá na sua rotina.
O que é saúde digital?
Esse termo é utilizado para se referir a iniciativas tecnológicas utilizadas na produção e divulgação de informações sobre o estado de saúde de cada cidadão para fazer tratamentos, pesquisas de cada caso e acompanhar doenças. Essa ideia também é conhecida como Saúde 4.0 e serve para unificar informações e históricos clínicos de cada um, como remédios já tomados, consultas, cirurgias e exames realizados. Esse assunto tem sido abordado cada vez mais porque a Organização Mundial da Saúde, a OMS, começou a elaborar a Estratégia Global de Saúde Digital em 2019 com a intenção de potencializar os esforços que cada local tem quando o assunto é saúde. Dessa forma, quanto mais compartilhamento de conhecimento e experiência houver entre empresas, centros de pesquisas e universidades de cada país, mais fácil pode ficar para melhorar a qualidade de tratamentos oferecidos, gerando mais qualidade de vida para a população mundial. Essa sistemática também vem para ajudar no monitoramento da saúde populacional, sendo possível rastrear surtos de doenças para trabalhar com gerenciamento de crises sanitárias e prevenções. No Brasil, essa estratégia é feita pelo DATASUS e pelo Ministério da Saúde a fim de nortear e alinhar projetos públicos e privados que possam cooperar para o firmamento e fortificação da saúde digital no país. Algumas iniciativas já sinalizam a presença da saúde digital em solo brasileiro, como o Conecte SUS que é um aplicativo que registra toda a trajetória de quem utiliza o Sistema Único de Saúde. Ele permite a consulta de medicamentos já utilizados por determinado paciente, bem como os exames feitos e as consultas agendadas. Dentro dessa ferramenta, ainda está estruturada a Rede Nacional de Dados em Saúde que funciona como uma plataforma digital de integração de todos esses dados. Com o surgimento da pandemia da Covid-19, essa Rede também foi utilizada para teleconsulta e como local de informações sobre a doença para os usuários do aplicativo. Para que isso seja possível, é necessário reunir softwares que já existem atualmente, como por exemplo as ferramentas da Tecnologia de Informação e Comunicação, também conhecida como TIC. Esses são alguns exemplos de princípios do TIC que já são utilizados no Brasil:- Armazenamento na nuvem para ter mais segurança em relação a dados importantes. É utilizado para que a organização não fique refém de um servidor local que pode sofrer de panes inesperadas, incêndios, alagamentos ou ainda eventos naturais como raios. O armazenamento na nuvem também vem como uma forma de romper as barreiras geográficas, permitindo que os dados sejam acessados independente do local.
- Comunicação unificada para que todas as informações estejam reunidas em um único lugar, facilitando o acesso para todos os profissionais da área médica. Essa prática facilita a comunicação e diminui gastos com ligações e suportes.
- Aparelhos móveis que podem ser acessados em qualquer local, como smartphones e e notebooks. Assim se torna possível editar e compartilhar arquivos com mais facilidade e agilidade.