A Resistência Antimicrobiana (RAM) tem entrado cada vez mais em pauta por colocar em risco a eficiência e prevenção de um número grande de tratamentos para infecções causadas por vírus, bactérias, fungos e parasitas.
O problema acontece quando os microrganismos citados sofrem alterações ao serem expostos a antimicrobianos, como antibióticos, antifúngicos, antivirais, antimaláricos ou anti-helmínticos. Quando se tornam resistentes à maioria dos antimicrobianos, os microrganismos são conhecidos como ultra resistentes.
Nesse caso, os medicamentos perdem sua eficácia e as infecções duram mais tempo no corpo, aumentando o risco de transmissão para outras pessoas. Por isso, a resistência antimicrobiana tornou-se uma ameaça crescente à saúde pública mundial e demanda atenção de todos os setores do governo e da sociedade.
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Por que a resistência antimicrobiana é um problema mundial?
Com cada vez mais velocidade, novos mecanismos de resistência surgem e se espalham pelo mundo. Isso ameaça a capacidade humana de tratar doenças infecciosas comuns, resultando em problemas de saúde prolongados, incapacidade e morte.
Quando os antimicrobianos não são mais eficientes no tratamento de infecções, alguns procedimentos médicos se tornam um risco muito alto, como transplante de órgãos, quimioterapia, controle de diabetes e cirurgias de grande porte.
Além disso, a resistência antimicrobiana aumenta o custo da atenção médica com estadias maiores em hospitais e a demanda por cuidados mais intensos. O problema coloca também prejudica o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Quais são os impactos na sociedade?
A resistência antimicrobiana impacta o tratamento de infecções adquiridas pelas pessoas, como infecção urinária e respiratória. Esses problemas de saúde podem não responder positivamente aos medicamentos usados na maioria das vezes e necessitar de tratamentos mais complexos, e consequentemente, mais caros.
Esses microrganismos ultra resistentes são responsáveis pelo aumento da mortalidade de pacientes internados em hospitais e geram um grande aumento nos gastos com saúde por conta da prescrição de medicamentos mais caros durante o período de internação.
As infecções hospitalares são mais graves em casos de pacientes frágeis internados em unidades de terapia intensiva, oncologia e neonatologia. Nessas situações, costumam causar alta mortalidade.
Quais fatores podem impulsionar a resistência antimicrobiana?
É comum que a resistência antimicrobiana aconteça de forma natural. Na maioria das vezes, o problema é causado por alterações genéticas. Porém, o uso em excesso de antimicrobianos está acelerando esse processo.
Algumas pessoas costumam usar os antimicrobianos de maneira excessiva, e muitas vezes, indevida. Em diversos casos, isso é feito sem supervisão profissional adequada.
Um bom exemplo é o uso de antibióticos por pessoas com infecções virais, como gripes e resfriados, por exemplo. A mesma atitude equivocada também pode ser aplicada no tratamento de animais, como quando esses medicamentos são utilizados como promotores de crescimento ou para prevenir doenças em bichinhos saudáveis.
Sendo assim, micróbios resistentes podem surgir em seres humanos, animais, alimentos e no meio ambiente, ou seja, no solo, na água e no ar.
Além disso, também podem ser transmitidos de pessoas para animais, mesmo a partir de alimentos de origem animal, e de pessoas para pessoas.
Outros pontos que ajudam a promover a resistência antimicrobiana são o controle problemático de infecções, condições sanitárias inadequadas e manuseio errado de alimentos.
O que pode ser feito para evitar esse problema?
As principais ações que ajudam na contenção da resistência antimicrobiana são:
- Prescrição médica correta para cada tipo de problema de saúde
- Educação comunitária para evitar que as pessoas façam automedicação em excesso
- Vigilância de resistências e infecções associadas à resistência à saúde
- Cumprimento da legislação sobre o uso e dispensação de antimicrobianos
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